sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Números

Continuação do 1.
Há muito tempo para saber quantas ovelhas tinha, o pastor fazia o seguinte: a cada ovelha do seu rebanho ele associava uma pedrinha e a guardava num saquinho. Então soltava as ovelhas. Quando ia recolher o rebanho, retirava uma pedrinha do saco para cada ovelha que encontrava. Assim, cada pedrinha retirada correspondia a uma ovelha.
No final da contagem, se sobrasse pedrinha no saquinho, era porque alguma ovelha havia se extraviado. Foi assim que o homem aprendeu a contar: Comparando quantidades. De um lado, a quantidade de pedrinhas, do outro, a quantidade de ovelhas.
Os homens não usavam apenas pedrinhas em contagens. Eles também registravam números fazendo nós em cordas.
Poucos desses registros existem até hoje. Na antiga Tchecoslováquia foi encontrado um osso de lobo com 55 incisões profundas. Estavam dispostos em duas séries, uma com 25 incisões e outra com 30, e, em cada série, os riscos estavam dispostos em grupos e 5. E isso vem de um período de 30 mil anos atrás.




2. Panorama sobre a distribuição dos conteúdos dos números no currículo de matemática no Brasil

De acordo com os PCNs, a distribuição acontece da seguinte forma:
1° ano:

Senso numérico;
Sistema de numeração decimal

2° ano:
Sistema de numeração decimal

3° ano:
Sistema de numeração decimal e operações

4° ano:
Sistema de numeração decimal e operações


5° ano:
 Operações; frações, decimais e porcentagens.

6° ano:
História dos números;
Conjunto dos Números Naturais

7° ano:
Conjunto dos Números  Inteiros;
Conjunto dos Números Racionais

8° ano:
Conjunto dos Números reais; dízima periódica

9° ano:
Conjunto dos números reais; Estudo dos radicais


ENSINO MÉDIO
Estimativa; Números e sequencias

Números

3. Panorama sobre a situação atual do ensino dos números e a história dessa evolução até a condição atual que se mostra, bem como, como se apresenta hoje em termos de ensino e de aprendizagem

Os números inteiros positivos foram os primeiros números trabalhados pela humanidade e tinham como finalidade contar objetos, animais, enfim, elementos do  contexto histórico no qual se encontravam.
O conjunto dos números inteiros positivos recebe o nome de conjunto dos números naturais. Sendo ele:
http://www.brasilescola.com/upload/conteudo/images/n(1).jpg={0,1,2,3,4,5,6…}
Enquanto que o conjunto dos números inteiros contempla também os inteiros negativos, constituindo o seguinte conjunto:
http://www.brasilescola.com/upload/conteudo/images/z(1).jpg={…,-8,-7,-6,-5,-4,-3,-2,-1,0,1,2,3,4,5,6,7,8,…}
Os números inteiros estão presentes até hoje em diversas situações do cotidiano da humanidade, como, por exemplo, para medir temperaturas, contar dinheiro, marcar as horas, etc. Sua importância é indiscutível.
 A numeração escrita nasceu, nas épocas mais primitivas, do desejo de manter registros de gado ou outros bens, com marcas ou traços em paus, pedras, etc., aplicando o princípio da correspondência biunívoca.
Os sistemas de escrita numérica mais antigos que se conhecem são os dos egípcios e dos babilônios, que datam aproximadamente do ano 3500 a.C.
Os egípcios usavam um sistema de agrupamento simples, com base 10.
Um exemplo, de um número escrito em símbolos egípcios é dado abaixo:
Escrevemos esse número da esquerda para a direita, embora os egípcios escrevessem em uma ou outra direção, dependendo do documento.
Os babilônios usavam um sistema posicional que, em alguns aspectos era semelhante ao dos egípcios. Algumas inscrições mostram que, surpreendentemente, eles usavam não somente um sistema decimal, mas também um sistema sexagesimal ( isto é, base 60).
Usavam um traço vertical para representar as unidades e outro desenho para as dezenas.
   No sistema decimal, os números de 1 a 99 eram representados por agrupamentos destes símbolos.
O símbolo para 100 era composto por traços:  e números superiores a 100, representados novamente por agrupamento. Assim, por exemplo, temos:
Também empregava, em algumas tabuletas, o sistema sexagesimal. Os números de 1 a 59 eram representados novamente por agrupamento simples e a partir dali, se escreviam "grupos de cunhas", com base 60.
Os babilônios chegaram a empregar um símbolo, formado por duas cunhas inclinadas, para representar a ausência de um grupo.
Como este símbolo não era de uso frequente, e ainda, nunca foi usado no fim de uma expressão, o sistema babilônio apresentava ambiguidades.
Nosso sistema de numeração indo-arábico é um sistema de numeração posicional de base 10. Ele é preciso e não apresenta ambigüidades, justamente porque temos o símbolo 0 (zero) para representar ausência de uma casa.
A base de numeração 10 é o sistema usado quase que universalmente pelo fato de termos dez dedos disponíveis nas mãos para auxiliar nos cálculos.
SISTEMAS DE NUMERAÇÃO

Não existem documentos que datem com precisão a origem da matemática. Essa ciência, fundamental em todos os ramos das atividades desde os tempos mais remotos até hoje, não é obra do acaso, nem tampouco descoberta de um único povo.
Na verdade, a matemática atual é fruto de um longo processo evolutivo que acompanhou toda a história da humanidade e cuja origem centra-se nos conceitos de número, grandeza e forma.
É impossível saber exatamente como tudo começou, mas uma coisa é certa os homens não inventaram os números para depois aprenderem a contar, pelo contrário, os números foram se formando lentamente, pela prática diária das contagens. Também não há dúvida de que o número é uma invenção da humanidade e não apenas de alguns poucos homens.
Alguns pesquisadores levantam a probabilidade de que no início nossos antepassados só contassem até dois, mais do que isso era dado como "muitos". Embora de maneira bastante primitiva, a ideia de quantidade começava a surgir e com essa ideia a noção de certo censo numérico.
   Com o passar do tempo o homem percebeu que podia associar os dedos da mão à quantidade de elementos de um conjunto, assim nossas mãos foram à primeira "máquina de calcular", uma prova disso é que até hoje em certas tribos do Pacífico  o número é expresso pela mão , quando querem dizer dez dizem duas mãos e o número vinte é representado por um homem completo, indicando que depois de contar os dedos da mão passou-se a usar os dedos dos pés.
   Nessa tribo localizada no Pacífico o sistema de numeração tinha a seguinte nomenclatura:
·        O um era chamado tai,
·        O dois era lua,
·        O três era tolu,
·        O quatro era vari,
·        O cinco era iuna (que significa mão),
·        O seis era otari (mão mais um),
·        O Sete era  olua (mão mais dois),
·        O oito era otolu (mão mais três),
·        O Nove era ovari (mão mais quatro),
·        O dez era  iuna iuna (duas mãos).
 Percebemos que o sistema usado tem base cinco, usando os dedos o homem primitivo podia contar grupos de até vinte elementos, porém a medida que surgiu a necessidade de se realizar contagens cada vez maiores o homem foi utilizando outras técnicas, tais   como: fazer marcas em madeiras, pedras, barro, tábuas e ossos. Na Tchecolosváquia foi encontrado um osso de lobo com profundas incisões totalizando um número de 55, o interessante é que as marcas estavam dispostas em grupos de cinco. Tal fato ressalta a correspondência que o homem primitivo fazia com os dedos das mãos.
Alguns registros nos mostram de forma ilustrativa que as primeiras práticas de contagem estavam ligadas ao pastoreio. Uma das funções do pastor é controlar seu rebanho, alguns vestígios indicam que os pastores faziam o controle de seu rebanho usando montes de pedra. Ao soltar as ovelhas, o pastor separava uma pedra para cada animal, quando os animais voltavam o pastor retirava do monte de pedras, uma para cada ovelha que passava. Sobravam-se pedras ele ficava sabendo que havia perdido ovelhas, se faltassem ele chegava à conclusão de que seu rebanho havia aumentado.
Uma das provas que os historiadores indicam para esta versão está em nossa língua. A palavra “cálculo” deriva do latim cálculus  que significa pedra. Ainda hoje, é muito comum ouvirmos que uma pessoa está com “cálculo renal”, isso quer dizer que está com pedras nos rins.
Esse processo de contagem utilizado nos primórdios foi à ideia inicial para que surgisse a Segunda máquina de calcular, o ábaco. Sua versão primitiva foi usada no Oriente Médio por volta de 2500 a.C. e evoluiu aperfeiçoado pelos chineses onde até hoje é utilizado.
Os babilônicos trabalhavam com um sistema de numeração sexagesimal (base 60) que deu origem às nossas atuais unidades de tempo: hora, minutos, segundos. Há evidências que eles resolviam equações algébricas  e podiam prever a existência de eclipses com exatidão e usavam o ponto para representar o número zero, foi a primeira civilização que usou essa representação. Nossa divisão atual da hora em 60 minutos e em 3600 segundos é atribuída aos sumérios assim como a divisão do círculo em 360 graus, cada grau em 60 minutos e cada minuto em 60 segundos. Existem razões para acreditar que a escolha do número 60 e não dos 10 como unidade ocorre pelo fato do número sessenta Ter muitos divisores.
Atualmente, ensinar matemática tem sido tarefa difícil. Às dificuldades somam-se aos problemas causados por uma visão distorcida da matéria, estabelecida desde os primeiros contatos. Um desses problemas  é exatamente a descontextualização, o que leva os professores a se defrontarem com perguntas do tipo: “Quem inventou isso não tinha nada para fazer. Para que estudar isso?”. É justamente pelo fato do estudo da matemática ter se tornado uma chatice, uma mesmice, decoreba que nossos alunos jovens e adolescentes não se sentem motivados a aprendê-la e a estudá-la.
Os conhecimentos em história da matemática permitem compreender melhor como chegamos aos conhecimentos atuais, porque se ensina este ou aquele conteúdo.
Estudar desde a necessidade que levou o homem de determinada época a pensar sobre determinado assunto até as aplicações práticas levaria o aluno a se motivar mais, a ficar mais tranqüilo nas avaliações e a ter mais prazer, pois as apresentações ficariam mais claras. Deve-se também retirar a intocabilidade dos pensadores, mostrando as suas dificuldades seus anseios, suas angústias, suas fraquezas fazendo que o aluno perceba que esforço e fracasso também fazem parte da aprendizagem.
Saber como pouco a pouco foram sendo construídos os conceitos e as notações matemáticas, serve também para compreender melhor certos erros dos nossos alunos e poder pôr em prática situações didáticas mais adequadas para uma apropriação progressiva de certos conceitos. Porque é que tantos alunos acham que   não são números os  números negativos e isto com o professor se empenhando em definir estes conceitos todos os dias? Pode atribuir-se esse erro aos fatos históricos haja vista que os números naturais já existiam desde a Pré-história e os números inteiros só apareceram nos séculos XV e XVI. Será, portanto necessário levar isso em conta no nosso ensino e não esperar ingenuamente que o simples fato de dizer 2 – 5 = – 3   chegue para obter dos alunos a terminologia esperada. O exemplo que acabamos de citar  levou muito tempo a ser assimilado, apreendido em todos os seus aspectos e nas suas conseqüências, até pelos grandes matemáticos. É preciso tempo, certa familiaridade com os objetos que se estudam, para podê-los dominar e trabalhar com eles.
 As dificuldades encontradas pelos alunos nos levam a imaginar outras estratégias de ensino. Os nossos alunos reagem  à nossa maneira de expor a matemática. Durante os anos 70, em presença de uma apresentação demasiado formal, em que as fórmulas e as suas demonstrações precediam os exemplos numéricos, os alunos pediam freqüentemente explicações com números, não com letras. Para compreender, eles tinham necessidade de ver funcionar primeiramente os exemplos numéricos para em seguida chegar à regra. Ora este tipo de apresentação encontra-se freqüentemente nos livros antigos. A leitura de tais textos indica que devemos modificar certas práticas de ensino, indica-nos que devemos questionar as nossas práticas. Qual é o papel dos exemplos, da demonstração no ensino da matemática? Que lugar lhe dedicamos e por quê? Qual é a nossa prioridade: a exposição ou a aquisição de conhecimentos?
Tem-se consciência  de que um currículo de matemática que se complete com sua história é uma tarefa difícil. A implantação de um currículo desse tipo exigiria um bom conhecimento de história da matemática e principalmente uma mudança na postura dos professores, pois estes transmitem o ensino da mesma forma como lhes foi ensinado, ou seja, do modo formalista clássico.
Como se sabe os professores não estão preparados para essa mudança logo deveria existir cursos de capacitação, pois o enfoque dado a esta matéria é pequeno e visto no final da maioria dos cursos de licenciatura em matemática, sendo que os licenciandos em sua maioria já lecionam desde o início do curso.
É preciso que o interesse pela história da matemática seja mais do que uma moda, ou uma coisa artificial, um novo conteúdo a conhecer e a aprender.
Exemplo de aplicação para uma aula sobre os surgimentos dos números, com o objetivo de levar o aluno a perceber o surgimento da matemática a partir das necessidades do homem e associar o sentido lógico e o sentido psicológico da representação das quantidades, apresentar o sistema decimal e sua importância em nossa cultura e mostrar que esse nem sempre foi o sistema mais utilizado.
Os parâmetros curriculares são elaborados tendo em vista os conceitos modernos da matemática (números, vetores, transformações, etc.), mas o que fornece uma  significação a estes conceitos é a própria  história da matemática. Os textos da matemática passada permitem questionar esses conceitos e entender a sua necessidade.
O problema do ensino atual da geometria no ensino médio é que os axiomas não são mais explícitos e, neste quadro fica difícil ensinar as técnicas de demonstrações. O estudo de textos como os Elementos ou os problemas da Coleção matemática de Pappus facilita a compreensão das etapas de uma demonstração na medida em que os pré-requisitos são explícitos. 
O estudo dos textos históricos permite também estudar várias demonstrações de uma propriedade e a diversidade das soluções de um problema é importante para entender as relações que existem entre diferentes conceitos. Por exemplo, os casos de congruência dos triângulos remetem às  propriedades das isometrias do plano e conseguir relacionar uma demonstração utilizando um caso de congruência com uma outra que emprega  isometrias fornece uma compreensão mais profunda dos conceitos. 
Sabemos que a aritmética e a geometria eram completamente separadas, mas, todavia
Euclides como Pappus e os outros matemáticos ensinava cada uma dessas disciplinas tendo em vista a coerência profunda que elas possuíam. A perda de vista desta perspectiva foi provavelmente causada pela reação à introdução da matemática chamada  moderna no ensino e aos exageros que o formalismo acarretou.  Mas para ensinar neste contexto onde as noções a serem ensinadas não aparecem como fazendo parte de uma  construção, o professor do ensino médio deve conseguir esta perspectiva de unidade das  teorias matemáticas e esta só se assimila olhando para a história.
O professor do ensino médio não é apenas professor de matemática. Ele ensina também a língua: a redação das definições, das propriedades e das soluções constitui uma parte importante do seu trabalho. O estudo de textos antigos representa deste ponto de visto um enriquecimento.
O interesse da matemática grega ultrapassa o conteúdo matemático.  Assim que nos o ressaltamos na primeira parte, a matemática faz parte de um contexto e se relaciona aos outros domínios  da vida social e política e aos outros saberes. Este conteúdo cultural é também uma dos objetivos do ensino. 
Muitas vezes a criança pergunta: “Mas para que serve a matemática?” Esta pergunta deve ser entendida como “Mas por que tenho de estudar a matemática?“, já que sem duvida o aluno sabe que para a tecnologia, para a computação a matemática é sem dúvida muito eficiente... A resposta  mais adequada é talvez a de Platão que considerava a matemática como uma propedêutica, uma aprendizagem do pensamento...

4. Fundamentação teórica da utilização da História da Matemática no
ensino


A cada ano que passa muitos profissionais com licenciatura em matemática chegam ao mercado de trabalho sem preparação adequada para resolver questões didáticas e pedagógicas que surgem no decorrer da disciplina em sala de aula.
Pesquisas feitas sobre fundamentos teóricos de ensino e aprendizagem de matemática servem para discutir as atividades pedagógicas. A formação está de acordo em três pilares fundamentais: conteúdo, formação didática e análise crítica de práticas de ensino, considerando aspectos éticos, políticos e sociais.
O estudo da História da Matemática é considerada um auxilio ao professor dessa disciplina no seu trabalho diário em sala de aula. Nas últimas décadas,a matemática, vem conquistando espaços e destaque no contexto acadêmico educacional como mais uma opção no campo de investigação didática e científica na área de matemática e de seu ensino. Por isso, é sempre bom falar de História no ensino da Matemática.
De acordo com Mendes, o ensino da matemática tem informações históricas e possui um potencial amplo de utilização de saberes, este aspecto, segundo o autor, desafia a nossa curiosidade em pesquisar sobre a História da Matemática como mediador na formação de professores que atuam no Ensino Fundamental.
Objeto de Aprendizagem desenvolvido com recursos computacionais com o objetivo de auxiliar no processo de ensino de números. Trabalhamos com a hipótese de que a utilização de objetos de aprendizagem nas aulas poderá favorecer a aprendizagem significativa nos educandos.
Os resultados da utilização nos mostraram que o objeto de aprendizagem teve uma grande contribuição para o ensino dos alunos.
Esse tipo de conteúdo prevê ainda a elaboração de instrumentos de análise de situações didáticas compatíveis com a experiência dos professores em sala de aula.

Números

5. Revisão de literatura de propostas já existentes a respeito da utilização da história da matemática para o ensino dos números


O número é um objeto da Matemática usado para descrever quantidade, ordem ou medida. O conceito de número provavelmente foi um dos primeiros conceitos matemáticos assimilados pela humanidade no processo de contagem.
Para isto, os números naturais eram um bom começo. O trabalho dos matemáticos  nos levou a descobrir outros tipos de números. Os números inteiros são uma extensão dos números naturais que incluem os números inteiros negativos. Os números irracionais, por sua vez, incluem frações de inteiros. Os números reais são todos os números racionais mais os  irracionais.
            Nesta atividade recontamos a História dos Números, de forma dinâmica, atraente e inovadora para que os alunos não só participassem como ouvintes, mas que vivenciassem e reconstruíssem a História dos Números assim como a própria humanidade o fez.
            Elaboramos uma trilha numérica, contendo os seguintes números nesta mesma ordem: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9 e 0. Criamos cenários artesanalmente com formas geométricas e origamis, onde fazemos um passeio histórico pelo Egito, Mesopotâmia, China, Índia, Grécia, Roma, França, Holanda e pela civilização Maia, interagindo ao longo da trilha e reconstruindo A História dos Números, mostrando a eles que assim como o mundo evoluiu, a Matemática também evoluiu através dos tempos, sendo desenvolvida e aprimorada por diversos povos simultaneamente em vários lugares, pois cada povo tinha no seu cotidiano, uma necessidade e assim desenvolvia métodos de contagem, de diferentes formas.
O pastor de ovelhas, por exemplo, precisava soltar pela manhã seu rebanho no pasto, para se alimentar. A noite deveria recolhê-los, mas como saber se todas as ovelhas tinham voltado, sem o auxílio dos números?
Pensou então, que para cada ovelha que soltasse separaria uma pedra em um monte. À noite quando as recolhesse, para cada ovelha que guardasse, retiraria uma pedra. Assim se sobrassem pedras, saberiam que tinha perdido ovelhas e se faltassem pedras saberia que tinha agregado ovelhas ao seu rebanho.
Dessa forma, nasce o princípio de contagem na relação estabelecida de um para um (uma ovelha significava uma pedra).
É importante auxiliar a criança a passar, progressivamente, do pensamento concreto à utilização de outras formas de pensamento. Preparar e capacitar o aluno para o futuro é uma necessidade e o trabalho com a lógica busca facilitar de forma lúdica e interativa este processo.
            Através deste trabalho esperamos que os alunos possam se sentir estimulados a pesquisar, estudar e explorar mais os conteúdos e assim realizar suas próprias descobertas matemáticas, e através deste processo possam perceber que é possível construir e reconstruir os conhecimentos matemáticos e assim verem a importância de relacionar os conteúdos vistos na sala de aula com o vivenciado no seu cotidiano.

OS NÚMEROS

6. Proposta detalhada elaborada pelo grupo para o ensino dos números utilizando o recurso da História da Matemática

 
Utilizar a história da matemática na metodologia do professor em sala de aula funciona como meio motivador que faz com que o aluno ligue a matemática moderna com as descobertas e ferramentas utilizadas para fazer contagem antigamente visto que querendo ou não a melhor forma de fazer esse conhecimento ser eficaz é associando as descobertas do passado com as necessidades do presente.
                Uma das teorias históricas que podem ser trabalhadas em sala de aula é o Teorema de Tales que utilizou mecanismos simples para medir alturas inacessíveis criando assim a proporção entre dimensões de diferentes tamanhos, mas de semelhanças proporcionais. Ele utilizou esse teorema para medir a altura de pirâmides que era comum na sua época na região onde ele viveu no Egito entre (624 – 548 A. C). A figura abaixo mostra que ele utilizava uma estaca com tamanho previamente conhecido, ficando a mesma no chão no sentido vertical próxima à pirâmide que ele desejava medir a altura, então fazendo a medida da sombra projetada pela estaca e a sombra projetada pela pirâmide ele conseguia fazer o cálculo da altura da pirâmide em questão. Outra maneira utilizada por ele neste método era a semelhança de triângulos.


                Com nossos alunos podemos fazer a mesma coisa, só que ao invés de pirâmide podemos utilizar postes de energia, a parede do muro da nossa escola e assim outras alturas de regiões inacessíveis ao redor do nosso próprio ambiente. Isso faz com que o aluno conheça na prática aquilo que ele conhecia só com a teoria passada pelo professor sem associá-la a nada o que torna a aprendizagem falha e ineficiente deixando aluno desmotivado e sem ânimo para os estudos matemáticos. Segundo os PCN do ensino fundamental de 1ª a 4ª   série, volume 3,

            A História da Matemática, mediante um processo de transposição didática e juntamente com outros recursos didáticos e metodológicos, pode oferecer uma importante contribuição ao processo de ensino e aprendizagem em Matemática.
            Ao revelar a Matemática como uma criação humana, ao mostrar necessidades e preocupações de diferentes culturas, em diferentes momentos históricos, ao estabelecer comparações entre os conceitos e processos matemáticos do passado e do presente, o professor tem a possibilidade de desenvolver atitudes e valores mais favoráveis do aluno diante do conhecimento matemático.
            Além disso, conceitos abordados em conexão com sua história constituem-se veículos de informação cultural, sociológica e antropológica de grande valor formativo. A História da Matemática é, nesse sentido, um instrumento de resgate da própria identidade cultural.
            Em muitas situações, o recurso à História da Matemática pode esclarecer idéias matemáticas que estão sendo construídas pelo aluno, especialmente para dar respostas a alguns “porquês” e, desse modo, contribuir para a constituição de um olhar mais crítico sobre os objetos de conhecimento.

                Outra ferramenta importantíssima par trabalhar com os números e as operações fundamentais é o ábaco. O professor pode trazer para a realidade do aluno algo que muitas vezes eles nem conhecem ou conhecem muito pouco só por às vezes ouvir falar. Uma atividade de produção e manipulação de um ábaco é muito prazerosa e produtiva, pois faz com que o aluno desenvolva um conhecimento histórico sobre a matemática e a eficiência dos métodos utilizados pelos povos primitivos que se quer tinham os algarismos que hoje conhecemos para fazer essa contagem.
                Essa ferramenta surgiu logo após o inicio da civilização humana onde o homem deixou de ser um simples explorador do que já havia na natureza para ser produtor dos seus itens de consumo. A partir daí o homem se deparou com a necessidade de contar. Fosse à lavoura ou na criação de gado. O surgimento do ábaco começou com o chamado ábaco humano que consistia na utilização de mais de uma pessoa caso o rebanho tivesse mais que dez cabeças de gado, mais de duas pessoas se fosse maior que cem e mais de três se fosse maior que mil e assim por diante. A contagem era feita assim: a cada cabeça que passava o primeiro que representava as unidades levantava um dos dedos das mãos até chegar a dez onde a segunda levantava um dedo para representar as dez unidades sendo assim uma dezena e assim por diante sem do que cada um que completasse os dez dedos começaria tudo novamente. Logo após foi criado o ábaco da caixinha com areia sendo que este era mais eficiente, pois só precisava de uma pessoa para fazer a contagem dos animais. Sendo que a primeira divisão da caixa era a unidade, a segunda era a dezena e assim sucessivamente. A contagem era feita com riscos na areia para cada animal que passava na primeira divisão, quando chegasse a dez essa quantidade era representada por um risco na segunda divisão e assim sucessivamente. Depois surgiram outros tipos de ábacos mais modernos como os de argolas coloridas e outros, mas todos eles com a mesma finalidade; A “contagem dos objetos”.

                Uma das atividades que o professor pode propor é a produção de um ábaco utilizando os seguintes tipos de procedimentos; dividir a turma em subgrupos de no Maximo quatro alunos, onde cada grupo se responsabilizaria de trazer cinqüenta tampas de refrigerantes com cinco cores diferentes, sendo que cada cor precisa ter a mesma quantidade de tampa, cinco palitos de madeira desses utilizados para churrasco, uma barra de isopor com as dimensões de 8 cm por 40 cm. As tampas devem ser trazidas perfuradas e o professor deve orientar os alunos a pedir que o pai ou uma pessoa adulta perfure as mesmas para não haver riscos de acidentes. Em sala de aula o professor orientará os alunos a montar o ábaco sendo que o professor irá fazer a montagem do seu ábaco em sala de aula para os alunos acompanharem o processo. Em seguida o professor deve lançar atividades diferentes para cada grupo para os resultados serem socializados em seguida. Essa atividade é muito interessante e faz com que o estudante se sinta estimulado a descobrir mais novidades sobre o estudo da matemática e suas evoluções históricas. 
    
                Existe também o ábaco virtual que pode ser explorado no ambiente de informática da escola onde o professor pode fazer uma aula interativa o que tornará a sua prática muito atraente e produtiva. É só acessar o seguinte link abaixo:



Fontes de pesquisa
www.mat.ufmg.br/~espec/.../monografiaAnaReginaMartinsAndrade
Parâmetros curriculares nacionais do ensino fundamental de 1ª a 4ª série, volume 3




quinta-feira, 6 de outubro de 2011

OS NÚMEROS

PANORAMA SOBRE O ENSINO ATUAL DOS NÚMEROS E A HISTÓRIA DESSA EVOLUÇÃO ATÉ A CONDIÇÃO ATUAL QUE SE MOSTRA, BEM COMO SE APRESENTA HOJE EM TERMOS DE ENSINO E DE APRENDIZAGEM

ORIGEM DOS NÚMEROS ATÉ OS DIAS ATUAIS

1. ORIGEM DOS NÚMEROS ATÉ OS DIAS ATUAIS

Você já utilizou inúmeras vezes, mas já se indagou sobre sua origem? Como foram as primeiras maneiras de se contar? De que modo os números foram criados?
Observando ao nosso entorno verificamos a grande presença dos números, seja em teclas telefônicas, preços de produtos, peso de mercadorias, estatura, enfim, diversas atividades humanas necessitam da contagem.
Mas ao fazermos uma retrospectiva histórica sua presença era menos constante.
No período primitivo o ser humano como sobrevivia da natureza não precisava realizar contagens, o processo da contagem iniciou quando o homem se tornou sendentário, fixou-se em um mesmo lugar, passando a desenvolver atividades que requeririam a presença dos números.